Passeata contra abuso sexual de crianças e adolescentes

Crianças da Casa do Pequeno Cidadão do Paraíso realizaram apresentações durante evento na praça central

Aconteceu um manifesto contra o abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes na praça central ‘Dr. Leônidas Caligola Bastia’ na última sexta-feira (18). Ainda foi realizada uma passeata pelas ruas do Centro. A Prefeitura de Matão realizou este evento junto com as Secretarias de Saúde, da Educação e Cultura, e de Assistência e Desenvolvimento Social, além do Conselho Tutelar. O objetivo era mobilizar, sensibilizar, informar e convocar toda a sociedade a participar da luta em defesa do direito sexual infantil.

Do ato, participaram o secretário de Assistência e Desenvolvimento Social, Antonio Carlos Rondanin (Carlão), diretores, funcionários e servidores municipais, as crianças da Casa do Pequeno Cidadão do Paraíso, assistentes sociais, representantes do Núcleo de Prevenção da Violênciado, do IFSP Matão (Instituto Federal de São Paulo), do Ambulatório de Saúde Mental de Matão e do Conselho Tutelar. Também participaram do evento as equipes que ajudam em todas as secretarias envolvidas na passeata, profissionais de creches, escolas municipais e estaduais, alunos do Projeto Pescar, profissionais do Centro de Saúde Mental Infantil e outras autoridades.

A diretora da Casa do Pequeno Cidadão, Tânia Maria Siquitelli Bambozzi, ressalta que o projeto trabalhou o tema sobre a violência e a proteção de crianças e adolescentes durante as oficinas. “Na aula de leitura nós temos a cartilha feita pela professora em que ela vai desenvolvendo este tema com muita cautela para que, quando acontecer e se acontecer, a criança venha nos procurar, encontrando proteção e os encaminhamentos necessários. Então, este dia é muito importante e temos sim que todo ano falar sobre abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. O projeto está de portas abertas para participar e colaborar no que for preciso”, destaca.

Ana Maria Ignácio, presidente do Conselho Tutelar, explica que é muito importante falar sobre o abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes para salvar vidas, retirando as pessoas de qualquer situação de violência. “Infelizmente, as pessoas ainda não tem muito a dimensão do problema, por isso, não participam tanto desta ação. Mas de qualquer maneira foi um ato bonito por termos crianças e adolescentes relacionadas nesta passeata, sabemos que eles levarão o conhecimento para casa, falando com amigos e familiares”, relata.

Segundo Carlão, o Executivo realiza diversas ações em setores públicos para conscientização no Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. “Pensamos estar longe deste problema, mas sabemos que, infelizmente, estamos próximos, porque acontece em nossa realidade. No ano passado fizemos uma palestra e neste ano resolvemos mudar, trazendo as atividades para a praça com a participação das secretarias, despertando nas pessoas um alerta sobre o assunto. Portanto, agradeço a todos os que participaram, à imprensa e, de forma geral, acho que atingimos o nosso objetivo”, afirma.

História
Segundo a Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (SNDCA), em 18 de maio de 1973, Araceli, uma menina de 8 anos foi sequestrada, violentada e cruelmente assassinada em Vitória (ES), seus agressores nunca foram punidos, o crime ficou conhecido como “Caso Araceli”. Com a repercussão e forte mobilização do movimento em defesa dos direitos das crianças e adolescentes, a data foi instituída como o “Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes”.
Desde 2009 utiliza como símbolo uma flor, como uma lembrança dos desenhos da primeira infância, além de associar a fragilidade de uma flor com a de uma criança. O desenho também tem como intuito proporcionar maior proximidade e identificação junto à sociedade e com a causa. O slogan “Faça Bonito” projeta a ação para que a sociedade auxilie na responsabilidade de prevenir e enfrentar o problema da violência sexual praticada contra crianças e adolescentes no Brasil.

Como denunciar:
Núcleo de Prevenção de Violência – 3384-9424;
Delegacia de Defesa da Mulher – 3382-5823;
Guarda Municipal – 0800-7711531;
Conselho Tutelar – 3382-3235;
CREAS – 3384-8897;
Disque Direitos Humanos – 100;
Disque Denúncia – 181;
Polícia Militar – 190.