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Prefeito de Araraquara, Edinho Silva, é alvo de operação da Polícia Federal

Policiais realizaram apreensão na residência do prefeito e outros endereços em Araraquara

  • Redação
  • 11:29
  • Sexta-feira, 09 de novembro de 2018
Fala Matão - Redação
Prefeito de Araraquara, Edinho Silva

Na manhã desta sexta-feira (9), a Polícia Federal deflagrou a Operação Capitu, que ocorre em 5 estados e 14 cidades. No estado de São Paulo, a Polícia Federal cumpriu buscas em 14 locais. Mandados foram cumpridos em pelo menos três endereços em Araraquara.

Em Araraquara, um dos alvos da operação foi o prefeito Edinho Silva (PT), que atuou como tesoureiro da campanha à reeleição da ex-presidente Dilma Roussef, em 2014, e, posteriormente, foi ministro da Comunicação Social do governo. Segundo informações, os policiais federais chegaram por volta das 6 horas na residência do prefeito, no Jardim Imperador. Os policiais cumpriram mandado de busca e apreensão relacionado a atuação de Edinho como arrecadador de campanha.

Além da residência do prefeito, também foi alvo de busca e apreensão a casa de Manoel Araújo, que integrou a equipe de Edinho Silva durante a campanha de 2014 e, agora, exerce o cargo de diretor da Morada do Sol Eventos, em Araraquara.

Sobre o caso, o prefeito Edinho Silva fez uma transmissão ao vivo em sua página pessoal no facebook (veja abaixo) e voltou a defender a legalidade da arrecadação de campanha coordenada por ele em 2014. Edinho Silva afirma que as contas da campanha da ex-presidente Dilma foram aprovadas em 2014 pelo TSE. O PSDB entrou com ação questionando ação eleitoral e um longo processo de investigação começou. “Após a longa investigação, em 2017, o TSE novamente aprovou as contas da campanha. O que causa estranheza é que mesmo 4 anos depois e com as contas aprovadas teve um mandado de busca na casa dele (Manoel de Araújo) ”, declarou.

Edinho diz que respeita a justiça e a PF, mas “é evidente que o mandado de busca é algo descabido”. “Todos os esclarecimentos foram prestados ao TSE”. Da casa do prefeito de Araraquara, os policiais não recolheram documentos. Edinho afirma que foram apreendidos dois celulares – pessoal e funcional – e um Ipad.

A operação

Na manhã dessa sexta-feira, 9/11, a Polícia Federal, com o apoio da Receita Federal do Brasil, deflagrou a Operação “Capitu”, para desarticular uma organização criminosa que atuava na Câmara dos Deputados e no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Foram cumpridos 63 mandados judiciais de busca e apreensão e 19 mandados de prisão temporária, todos expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Foram mobilizados 310 Policiais Federais nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Paraíba e no Distrito Federal.

A Polícia Federal instaurou um inquérito policial em maio deste ano, baseado em declarações prestadas por Lúcio Bolonha Funaro, sobre supostos pagamentos de propina a servidores públicos e agentes políticos que atuavam direta ou indiretamente no MAPA em 2014 e 2015. A Polícia Federal apurou a atuação de uma organização criminosa na Câmara dos Deputados e no MAPA, integrada por empresários e executivos de um grande grupo empresarial do ramo de processamento de proteína animal.

Esse grupo dependia de normatizações e licenciamentos do MAPA e teria passado a pagar propina a funcionários do alto escalão do Ministério em troca de atos de ofício, que proporcionariam ao grupo a eliminação da concorrência e de entraves à atividade econômica, possibilitando a constituição de um monopólio de mercado. As propinas eram negociadas, geralmente, com um Deputado Federal e entregues aos agentes políticos e servidores do MAPA pelo operador Lúcio Bolonha Funaro.

Teria havido também, por parte do grupo empresarial, o financiamento ilegal de campanha de um Deputado Federal para a Presidência da Câmara dos Deputados, em troca de atendimento dos interesses corporativos do grupo no MAPA; sendo de 30 milhões de reais o valor solicitado para tal financiamento. Desse total, o Deputado teria destinado 15 milhões a um Deputado Federal mineiro de seu partido; tendo a bancada mineira de seu partido recebido parte do montante, após a lavagem do dinheiro. Esses valores teriam sido depositados pelo grupo em contas bancárias de seis escritórios de advocacia, que teriam repassado os valores lavados aos beneficiários finais, conforme determinação do Deputado Federal mineiro e de seu operador, também Deputado Federal. Esses escritórios de advocacia teriam emitido notas fiscais frias, visto nunca ter havido qualquer prestação de serviço ao grupo empresarial. Uma das maiores redes de supermercado do país também teria integrado a engrenagem de lavagem de dinheiro oriundo do esquema, repassando aos destinatários finais os valores ilícitos em dinheiro vivo e em contribuições “oficiais” de campanha. O total de doações “oficiais” feitas por empresas vinculadas e administradas por um empresário do ramo de supermercados nas eleições de 2014 totalizou quase oito milhões e meio de reais.

Durante as apurações, houve clara comprovação de que empresários e funcionários do grupo investigado – inicialmente atuando em colaboração premiada com a PF – teriam praticado atos de obstrução de justiça, prejudicando a instrução criminal, com o objetivo de desviar a PF da linha de apuração adequada ao correto esclarecimento dos fatos. Daí o nome da Operação, “Capitu”, a personagem dissimulada da obra prima de Machado de Assis, Dom Casmurro.

Os envolvidos deverão ser indiciados pelos crimes de constituição e participação em organização criminosa, obstrução de justiça, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro, dentre outros. Caso haja condenação, as penas máximas poderão variar entre 3 e 120 anos de reclusão, proporcionalmente à participação de cada investigado.

Fonte: Portal Morada

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