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Moradora de Ribeirão Preto acusa João de Deus de abuso sexual

Mulher diz ter sido abusada por João de Deus em 2015, quando passou por consulta espiritual, em Abadiânia (GO). Defesa nega acusações. MP montou força-tarefa para apurar denúncias.

  • Redação
  • 09:03
  • Quarta-feira, 12 de dezembro de 2018
Fala Matão - Redação
Moradora de Ribeirão Preto diz ter sido vítima de abuso sexual cometido pelo médium João de Deus - Foto: Reprodução/EPTV

Uma moradora de Ribeirão Preto (SP) diz ter sido vítima de abuso sexual cometido pelo médium João de Deus durante uma consulta espiritual em Abadiânia (GO). Ela falou sobre o caso pela primeira vez, depois que outras mulheres denunciaram o médium, e prefere não se identificar por medo.

“Muito triste saber que uma pessoa usa o nome de Deus para fazer uma coisa feia dessas”, diz.

De acordo com a mulher, o abuso aconteceu há três anos, dentro da Casa Dom Ignácio Loyola, local onde João de Deus faz os atendimentos espirituais, na cidade goiana. Ela apresentou a denúncia ao Ministério Público.

O advogado Alberto Toron, que defende João de Deus, nega todas as denúncias de abuso sexual. Segundo Toron, em mais de 40 anos de trabalho à comunidade, o médium nunca recebeu qualquer tipo de acusação e está à disposição da polícia e da Justiça para prestar esclarecimentos.

Abuso sexual
O primeiro contato dela com João de Deus foi em 2014, quando acompanhou um familiar em um procedimento espiritual de cura, em Abadiânia. “Tinha uma pessoa da minha família que precisava fazer uma cirurgia espiritual então eu fui acompanhar. Ele [João de Deus] realmente operou essa pessoa e teve sucesso, até hoje está tudo bem”, conta.

Ela disse que o médium a convidou para voltar à cidade para uma consulta pessoal. Em março de 2015, a mulher retornou à Casa Dom Ignácio Loyola e diz ter sido reconhecida por ele imediatamente, enquanto aguardava em uma fila dentro da casa.

“Eu estava na fila de retorno esperando e daí ele falou: ‘ah, você voltou’ e eu falei que voltei porque fiquei curiosa e queria saber o que ele tinha para me dizer. Ele falou para me encontrar com ele no escritório dele particular porque ele queria falar comigo”, lembra.

A mulher afirma que apenas ela e João de Deus estavam no escritório. Segundo a vítima, o médium sabia informações particulares da vida dela. Ao final de uma oração, ele a puxou para o banheiro, onde cometeu o abuso.


João de Deus - Foto: Reprodução/EPTV

“Eu chorava, gritava e falei: ‘olha eu já sofri um abuso quando eu era pequena e não quero passar por isso de novo’. Ele falou: ‘calma, fica calma, eu vou te curar’. E aí ele puxou a minha calça um pouco para baixo, pegou a minha mão e colocou no pênis dele. Eu fiquei muito trêmula e foi quando eu senti que ele ejaculou nas minhas costas. Eu só queria sair dali, já coloquei a roupa e fui embora”, lembra.

Obrigação de falar
Encorajada após ver relatos de outras mulheres que passaram pela mesma situação, ela levou o caso ao Ministério Público. “Falei com a promotora e ela ainda vai colher o meu depoimento para entrar nos autos. Pensei ‘gente, não era só comigo. Era com muitas mulheres’. Eu fiquei me sentindo na obrigação de falar também que isso acontece de verdade.”

A vítima diz confiar em uma punição para o médium. “Eu acredito na justiça dos homens e de Deus, principalmente.”

A Promotoria de São Paulo recebeu mais de 200 denúncias de abuso sexual cometidos pelo médium João de Deus. Os casos teriam acontecido dentro da Casa Dom Ignácio Loyola, desde a década de 1980 até outubro do ano passado.

Em Goiás, uma força tarefa foi criada para ouvir as vítimas e as investigações estão a cargo do MP de Abadiânia, onde João de Deus realiza os atendimentos. No local, passam por mês uma média de 20 mil visitantes do Brasil e de várias partes do mundo.

A reportagem não conseguiu contato com a promotora do MP de São Paulo, Gabriela Mansur, para saber se ela já está investigando a denúncia de Ribeirão Preto.

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