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'Sofrendo muito', diz pai após filho morrer por suposto erro em exame para detectar câncer

Rafael Miguel da Silva, de 20 anos, morreu durante punção realizada no Hospital das Clínicas (HC), em Ribeirão Preto, SP. Laudo do IML aponta morte acidental.

  • Silvana Barros
  • 12:57
  • Quarta-feira, 19 de julho de 2017
Fala Matão - Silvana Barros

A família de Rafael Miguel da Silva, morto após um suposto erro cometido durante uma punção feita no Hospital das Clínicas (HC) para diagnóstico de leucemia, vai acionar o Ministério Público (MP) e o Conselho Regional de Medicina (CRM) em Ribeirão Preto (SP) para investigação do caso. Segundo o advogado Rosival Mendes Pereira, os pais do jovem de 20 anos têm convicção de que houve uma falha no procedimento.

“Isso deixou a gente sofrendo muito. A gente não estava esperando essa morte. Estamos muito abalados. A gente tinha esperança de que logo ele pudesse estar em casa”, diz o pedreiro Miguel Severino da Silva, pai do rapaz.

O laudo emitido pelo Instituto Médico Legal (IML) aponta que a morte foi acidental, causada por uma lesão de vaso na parede ventricular direita durante a punção.

Em nota, o Hospital das Clínicas informou que abriu uma sindicância para apurar as circunstâncias da morte. O 6º Distrito Policial investiga o caso.

Punção para diagnosticar câncer

Segundo a mãe dele, a auxiliar de limpeza Tereza Januária da Silva, o filho buscou atendimento médico pela primeira vez na unidade de saúde do bairro Vila Virgínia, porque se queixava de tosse e febre. Ele foi encaminhado ao Hospital Santa Lydia, onde ficou internado por cinco dias para a realização de exames.

Em seguida, foi transferido à Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas (HC-UE), onde surgiu a suspeita do diagnóstico de leucemia aguda. No dia 21 de junho, o jovem foi submetido a uma punção na medula óssea, sem sucesso.

Por causa da necessidade de uma análise específica para identificação do tipo da doença e indicação de tratamento, Rafael foi encaminhado um dia depois ao Hospital das Clínicas, e passou por novo exame.

Tereza acompanhou o filho no hospital e afirma que o procedimento foi interrompido a pedido dele, que se queixa de mal estar e muita dor.

A mãe lembra que a situação se agravou e evoluiu para uma parada cardiorrespiratória. Consta no boletim de ocorrência que os médicos tentaram reanimar o paciente por 40 minutos, mas que ele não resistiu.

Morte acidental

O corpo de Rafael foi submetido à necropsia e o laudo apontou que a morte foi acidental, em decorrência de tamponamento cardíaco mais hemopericárdio, que é quando há acúmulo de sangue nas membranas que envolvem o coração. O problema, segundo o IML, foi causado pela lesão durante a punção.

Segundo o advogado Rosival Mendes Pereira, a família tem convicção de que o jovem morreu em decorrência de um erro da equipe responsável pelo exame. “Na verdade, eles não aceitam as informações do HC. Todos sabemos que o HC campus é um hospital renomado, mas é realmente estranho que uma pessoa que estava ali sã e sadia, conversando com a mãe, em poucos minutos estava morta”, diz.

Profissional responsalibilizado

De acordo com Pereira, os documentos reunidos pela família serão apresentados a um perito para análise. O caso também será levado ao CRM e ao Ministério Público. “Se ficar provado que houve um erro, o profissional será responsabilizado.”

Abalado, o pai de Rafael diz que a investigação vai evitar que outras famílias passem pelo mesmo sofrimento. “A vida dele ninguém mais traz de volta, a gente não tem o que fazer. Mas, para que não aconteça com outros, a gente tem que levar em frente.”

Fonte: G1 Ribeirão Preto

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