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Secretaria de Saúde confirma primeiro caso de leishmaniose visceral em Matão

Vítima, uma bebê de 9 meses, mora no Parque Laranjeiras e está internada em Ribeirão Preto

  • Alex Gasoni
  • 09:11
  • Terça-feira, 12 de fevereiro de 2019
Fala Matão - Alex Gasoni
Mosquito palha, transmissor da leishmaniose - Foto: divulgação

Segundo relato da mãe, moradara no Parque Laranjeiras I, em Matão (SP), a bebê foi levada para o pronto socorro com febre alta e manchas vermelhas pelo corpo. O médico teria receitado o medicamento amoxicilina, que foi administrado por 7 dias na bebê, mas como os sintomas não sumiram ela teria retornado ao pronto socorro e atendida por outro médico, que teria encaminhado a bebê para para a UTI do Hospital Carlos Fernando Malzoni. Como foi descartada a hipótese de dengue ou chikungunya, após realização de exames, a bebê foi encaminhada em estado grave para o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto. Novos exames foram realizados na bebê, agora no HC, dando positivo para leishmaniose visceral.

Secretaria de Saúde

O secretário de Saúde, Dr. João Guimarães, enfatiza que este é um caso isolado e não se trata de um surto ou epidemia na cidade com vários casos ao mesmo tempo, como acontece com a dengue ou chikungunya, por exemplo. ''Se trata de uma Zoonose, ou seja, uma doença transmitida de animal para humano, por meio da picada do mosquito palha. O mosquito pica um animal fêmea, sendo em áreas urbanas os animais domésticos, podendo ser o cachorro, gato, etc, e suga seu sangue infectado por protozoário, em seguida pica o humano transmitindo a leishmaniose, fala o secretário. 

Medidas tomadas

''Após diagnóstico da doença, que também não é tão simples, as providências cabíveis por parte prefeitura já foram tomadas. Há pouco mais de um mês foi realizado um fumacê preventivo no Parque das Laranjeiras, antes do ocorrido com a bebê, mas foi feito novamente um bloqueio em todo bairro por causa do caso. Vale ressaltar, que a doença não é transmitida do cachorro para o humano e sim somente por meio da picado do mosquito palha. Destacamos da gravidade do problema e não eximimos a responsabilidade da prefeitura em investigar e descobrir como ocorreu o primeiro caso de leishmaniose visceral na cidade de Matão. Quatro cachorros, sendo dois que vivem soltos no bairro e dois do tio da criança, na qual a bebê teve mais contato, foram levados para o Canil Municipal para a realização de exames de sangue (imagem ao lado), dando negativo para todos os cães (um risco negativo, dois riscos positivo). O fato, inclusive chamou a atenção da Suscen, que deverá vir à Matão para estudar este caso'', relata o secretário de saúde, Dr. João Guimarães.

Ainda segundo o veterinário do Canil Municipal, Cássio Reis, o máximo de exames possíveis em cães do bairro Parque Laranjeiras serão realizados.

Situação atual da criança

A bebê teve alta da UTI do HC de Ribeirão Preto, mas continua internada em outro hospital na mesma cidade, agora com menos gravidade.

Formas de controle existentes

Para o infectologista Adelmo Silva Neto, manter a higiene é a única solução para combater o transmissor. Quando o cachorro está infectado, a eutanásia, o sacrifício do animal, é a única medida existente porque o tratamento humano não é eficiente para os cães. Foi aprovado no Brasil um tratamento específico para os animais, que pode ser uma solução, mas ainda é pouco conhecido no país. A melhor prevenção mesmo é cuidar da higiene: manter os quintais limpos, evitar a água parada, evitar o ambiente úmido, sem folhas, fazer a pulverização, usar roupas que cobrem o corpo, repelentes, telas para proteção em áreas endêmicas. A responsabilidade tem que ser dividida, não só do poder público, mas nós, cidadão, temos que ter os cuidados para erradicar o mosquito. Talvez esse descuido da população que possa ter propagado um pouco mais o protozoário, além de alterações ambientais, como o desmatamento, que influencia na propagação da doença. Normalmente o mosquito palha vive em mata fechada, seus ovos são depositados em solo úmido.

Mais sobre a leishmaniose

Sintomas em humanos
Leishmaniose visceral: afeta as vísceras (ou órgãos internos), sobretudo fígado, baço, gânglios linfáticos e medula óssea, podendo levar à morte quando não tratada. Os sintomas incluem febre, emagrecimento, anemia, aumento do fígado e do baço, hemorragias e imunodeficiência. Doenças causadas por bactérias (principalmente pneumonias) ou manifestações hemorrágicas são as causas mais freqüentes de morte nos casos de leishmaniose visceral, especialmente em crianças. Nos cães também pode haver descamação de pele e crescimento progressivo das unhas.

Leishmaniose tegumentar: compromete pele e mucosas. Geralmente é caracterizada pela presença de úlcera cutânea única ou em pequeno número, com bordas elevadas e indolor, embora possa assumir formas diferentes. Provoca infiltração, formação de úlceras e destruição dos tecidos da cavidade nasal, faringe ou laringe. Também podem ocorrer perfurações do septo nasal ou do palato.

Sintomas em cães

Alguns sintomas que estão associados à doença e que podem levar o proprietário a desconfiar da enfermidade são: descamação seca da pele, pelos quebradiços,nódulos na pele, úlceras, febre, atrofia muscular, fraqueza, anorexia, falta de apetite, vômito, diarreia,lesões oculares e sangramentos.

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