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Dois bebês recebem novo coração num mesmo dia em Rio Preto

Uma das crianças transplantadas é de São Carlos, com apenas 10 meses de vida

  • Alex Gasoni
  • 19:20
  • Sábado, 23 de fevereiro de 2019
Fala Matão - Alex Gasoni
Cirurgia envolveu 140 pessoas - Foto: divulgação

Emanuelly Vitória da Silva Pinheiro, uma são-carlense de 10 meses passou por um transplante de coração nesta quarta-feira (20), no Hospital da Criança e Maternidade (HCM) de Rio Preto (SP). A pequena E.V.S.P. é o bebê mais novo transplantado pela equipe do Serviço de Cardiologia e Cirurgia Cardiovascular Pediátrica (Secccap) do HCM, em 17 anos de existência.

Outro fato inédito para o Hospital foi a realização de dois transplante de coração de crianças, em menos de 24 horas. Ao todo, 42 horas ininterruptas de trabalho para que as duas cirurgias fossem bem-sucedidas. Os pacientes, que tinham cardiopatias congênitas e baixa expectativa de vida, estão internados na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do HCM e o estado de saúde de ambos era estável, com evolução clínica positiva, até o meio-dia desta sexta-feira (22).

A bebê apresentou problema cardíaco no sétimo mês de vida e fazia o acompanhamento na Unidade Básica de Saúde do Jardim Santa Paula, em São Carlos. Após exames e encaminhamento, ela foi internada no HCM há três meses. A mãe da paciente, Karina Silva, recebeu a notícia de um novo coração para a filha, no dia 19 de fevereiro, terça-feira. O novo coração veio de um doador da capital paulista.

Quando a pequena recebeu alta para a UTI, no final do procedimento, na quarta, 20 de fevereiro, por volta das 8h, a equipe do Seccap recebeu a informação da disponibilidade de um outro coração; desta vez, compatível com o paciente João Pedro Gonzaga. O bebê, originalmente de Ji-Paraná (RO), nasceu com um problema cardíaco e estava no HCM há, também, 3 meses.

Os pais do menino já estavam radiantes pela conquista da colega de quarto, Karina, com quem já vinham dividindo experiência ao longo do tratamento dos filhos, e não puderam se conter. “É um milagre. Até brincamos com a Karina quando soubemos do coração da filha dela, dizendo ‘já pensou um transplante no dia seguinte do outro?’. E não é que veio! Não há felicidade maior! Fica a lição de que mesmo na tristeza, pode-se fazer outras pessoas felizes por meio da doação”, contou Demilso Silva, pai do segundo transplantado.

Para o médico Ulisses Croti, chefe do Seccap, o sucesso desses casos está na solidariedade do doador para continuidade de muitas vidas. “Mais de 20 mil crianças por ano nascem com algum problema cardíaco no Brasil. Destas, nem metade recebem tratamento ou cirurgia adequada, por falta de vaga e equipes qualificadas. Por isso, queremos ampliar nossos trabalhos, para conseguir atender ao máximo de crianças, de maneira plena. E, para isto, também temos de ressaltar a importância da doação de órgãos. A vida depende disto”, reforçou o cirurgião cardiovascular pediátrico.

140 pessoas envolvidas nas cirurgias
As equipes médicas, com cerca de 140 pessoas envolvidas, tiveram de correr contra o tempo. Um coração fora do corpo dura apenas quatro horas. A distância era grande: 1.700 km para buscar os órgãos. "É uma gratidão muito grande. Tive a sorte de encontrar pessoas comprometidas e envolvidas", disse o cirurgião responsável pelos transplantes Ulisses Croti, durante entrevista à imprensa. "É um trabalho de várias equipes. Enquanto uma busca o órgão, outra vai preparando o centro cirúrgico e uma terceira já vai fazendo os primeiros procedimentos para que a hora que o órgão chegue e o paciente já esteja pronto para recebê-lo", explica Alexandra Regina Barufi, cardiologista pediátrica e chefe do setor de transplantes do hospital. Ainda vai levar alguns meses para que ambos deixem o hospital. As duas crianças se recuperam na UTI. Mais estável, Emanuelly não está sedada e respira sem a ajuda de aparelhos. João Pedro requer um pouco mais de cuidados. Como estava em situação grave antes da cirurgia, ainda está sedado e ligado a aparelhos. Mas o sentimento dos pais agora reflete otimismo. "É uma alegria enorme. Não dá nem para descrever. Ainda não consigo acreditar que meu filho vai poder ter uma vida normal", afirma Demilso

Fonte: assessoria de imprensa da Prefeitura de São Carlos

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