Segunda feira, 05 de julho de 2021
Fala Matão

''Matão não aplicou vacinas vencidas'', diz prefeitura

Reportagem da Folha de São Paulo diz que pelo menos 26 mil doses de vacina vencida foram aplicadas no país. Várias cidades negaram a afirmação do Jornal

  • Alex Gasoni
  • 11:51
  • Sábado, 03 de julho de 2021
Fala Matão - Alex Gasoni

Um cruzamento de dados feito em duas bases de informações diferentes do Ministério da Saúde aponta que pelo menos 26 mil doses vencidas da vacina contra covid-19 da AstraZeneca foram aplicadas no Brasil, segundo notícia publicada nesta sexta-feira (2) pelo site da Folha de S.Paulo. De acordo com a reportagem, os imunizantes fora do prazo seriam provenientes de lotes importados da Índia pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) ou adquiridos por meio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).

Em Matão, a reportagem da Folha cita a aplicação de 7 doses de vacinas referentes aos Lotes 4120Z004 e 4120Z001, que teriam sido aplicadas com data vencida, mas a Prefeitura de Matão nega. Confira a nota oficial!

Tendo em vista a publicação da matéria do Jornal Folha de São Paulo, na sexta-feira (02/07), a Prefeitura de Matão vem a público prestar os seguintes esclarecimentos:

O município de Matão recebeu no dia 29 de janeiro, 710 doses da vacina AstraZeneca, do Lote 4120Z004, cuja data de validade era 13/04/2021;

Recebemos também 880 doses do Lote 4120Z001, no dia 27 de fevereiro, com data de validade até 29/03/2021.

Os dois lotes acima referidos tiveram as doses administradas na mesma semana em que foram recebidas da Secretaria de Estado da Saúde, tendo sido aplicadas na oportunidade, nos profissionais de saúde da Prefeitura e do Hospital Carlos Fernando Malzoni, bem como, foi iniciada a imunização naquela data, da faixa de população entre 80 a 89 anos.

Assim, a afirmação da reportagem não condiz com a realidade dos fatos, pois os dois lotes da vacina foram usados logo que chegaram ao município.

A mesma matéria aponta que em Matão, três doses da vacina aplicadas na unidade do Nova Cidade, uma no CAIC, uma no Centro de Saúde II; uma no Cadioli e uma no Guarani teriam sido aplicadas fora do prazo de validade, o que também não corresponde com a realidade dos fatos.

Tão logo a Secretaria de Saúde tomou conhecimento da reportagem, fez minuciosa busca ativa e detalhada dos casos no Sistema VaciVida, bem como, buscou junto aos pacientes a carteira de vacinação que demonstram, sem possibilidade de qualquer outro entendimento, que a data divulgada na reportagem diz respeito na verdade, ao dia que referidos pacientes tomaram a SEGUNDA DOSE de suas vacinas.

Portanto, o registro no sistema, já devidamente corrigido, não diz respeito ao dia da aplicação da primeira dose oriundas dos lotes mencionados.

Desta forma, não houve aplicação de vacina com data de validade vencida, pois as doses dos lotes 4120Z004 e 4120Z001 foram todas aplicadas, como antes exposto, na mesma semana em que chegaram ao município.

Caso persista a dúvida, procuro o posto de saúde onde recebeu a vacina e apresente a carteira de vacinação.

Outras cidades também se manifestaram negando a informação do Jornal

Vários gestores municipais afirmam terem aplicado todas as vacinas dentro do prazo de validade, que é provável que os erros apontados devam estar relacionados com problemas na digitação de datas e que já estão sendo corrigidos. Araraquara segue com a apuração dos fatos para posterior posicionamento. 

o COSEMS/SP entende que se houve realmente aplicação de doses vencidas de vacina é necessário verificar em que momento do processo houve falhas, e que se tome as medidas cabíveis para saná-las, no sentido de não prejudicar a população, não podemos aceitar que a Secretaria de Estado da Saúde adote em nota pública posição de fugir de sua responsabilidade de coordenadora da campanha de vacinação no Estado.

Sociedade Brasileira de Imunizações
A SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações) afirmou que as secretarias de saúde e o PNI (Programa Nacional de Imunizações) devem apurar o ocorrido e verificar se as doses de fato foram aplicadas após o vencimento ou se houve inconsistência de informação.

Caso a falha na aplicação das vacinas seja confirmada, todos os que receberam as doses devem ser chamados para reaplicação, observando os 28 dias de intervalo mínimo previsto no PNO (Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19).

A entidade aponta que a administração de dose vencida não implica risco à saúde. No entanto, como não há certeza se pode haver prejuízo a eficácia, recomenda-se repetir a dose. Ainda não é possível afirmar se a dose adicional aumenta o risco de eventos adversos.

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