Sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022
Fala Matão

Toneladas de lixo deixam de ser recolhidos em Araraquara após mudanças na coleta

Terça-feira (15), aproximadamente 190 toneladas de lixo domiciliar ficaram sem recolhimento na cidade.

  • Redação
  • 10:01
  • Quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022
Fala Matão - Redação
foto ilustrativa

No último dia (15) de fevereiro, foi realizada na Câmara dos Vereadores uma sessão com o representante da empresa terceirizada Urban, juntamente com um grupo de coletores, para relatar as dificuldades encontradas pelos trabalhadores ao executarem a coleta de resíduos domiciliares no município de Araraquara.

Com a adoção do novo modelo implementado pela Ação Civil Pública nº 0011445-62.2017.5.15.0006, os coletores de lixo foram proibidos de apoiarem-se nos estribos dos caminhões.

"É desgastante entrar e sair da cabine do caminhão ou do carro de apoio que vai atrás do caminhão a cada lixeira. Os coletores estão sofrendo com essa mudança. A cidade vai sofrer também. Não iremos conseguir fazer a coleta com esse modelo que a sentença judicial do Ministério Público está exigindo”, explica Deijane Conceição, gerente da empresa Urban.

Devido a essa alteração, 190 toneladas de lixo deixaram de ser coletadas na terça-feira (15) e algumas regiões da cidade já começam a sentir os efeitos desta mudança. Bairros como Vila Xavier, Santa Clara, Jardim América, Parque São Paulo, dentre outros, ficaram sem o recolhimento de resíduos.

A falta de coleta é justificada pois os estribos dos caminhões compactadores eram utilizados pelos coletores para locomoção, além de servir como uma plataforma de descanso. Com a retirada dos estribos, o trabalho de coleta se tornou mais exaustivo e menos satisfatório, demandando assim, maior esforço físico dos coletores, o que provocou atrasos aos serviços prestados.

Em nota, a prefeitura de Araraquara informa que a situação é preocupante e começa a colocar em risco a saúde pública da cidade. O Município espera a audiência entre o sindicato da categoria e o Ministério Público do Trabalho para que uma solução seja construída e a limpeza pública retorne à normalidade. Esse período é crítico, já que o acúmulo de lixo e as chuvas podem proporcionar condições favoráveis à propagação da dengue, além de outras doenças oriundas da precarização dos requisitos sanitários.

É importante enfatizar que, caso a Ação Civil Pública imposta pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) seja descumprida, o Departamento Autônomo de Água e Esgotos (Daae) estará sujeito a pagar multa diária.

Tentativa de resolução

Na próxima quinta-feira (17), uma reunião entre o Ministério Público do Trabalho e o sindicato, que representa a categoria, será realizada para debater questões a respeito do modelo de trabalho dos coletores.

(Com informações do Portal Morada, por Lucas Molinari)

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