Cavalos soltos continuam causando transtornos no bairro Alto dos Pinheiros em Matão

Já foram feitas diversas reclamações à Prefeitura de Matão, mas, até o momento, nenhuma providência efetiva foi tomada, diz moradora.

O problema recorrente de cavalos soltos nas ruas do bairro Alto dos Pinheiros, em Matão, voltou a ganhar destaque nesta quarta-feira (8), após um internauta do Portal Fala Matão encaminhar imagens de câmera de segurança que flagraram os animais revirando sacos de lixo e se alimentando de restos em lixeiras de residências. A cena, além de causar revolta, representa um sério risco à saúde pública e à segurança dos moradores.

Essa situação se arrasta desde o início do ano, inclusive com veiculação de matéria jornalística aqui no Fala Matão no dia 6 de março. ''Já foram feitas diversas reclamações à Prefeitura de Matão, mas, até o momento, nenhuma providência efetiva foi tomada. É um descaso total. Já fizemos a nossa parte denunciando, mas ninguém faz nada. A qualquer hora, pode acontecer um acidente mais grave", desabafa um dos moradores.

De acordo com a legislação municipal, a responsabilidade pela fiscalização é da Secretaria de Meio Ambiente, que deveria identificar e multar os proprietários dos animais soltos, além de recolher os cavalos até que os responsáveis comprovem ter estrutura adequada para mantê-los. No entanto, o que se observa é a inoperância do poder público.

A reportagem publicada em março deste ano pelo Fala Matão já havia denunciado o mesmo problema, com imagens dos animais perambulando livremente pelas ruas, inclusive em horários de grande movimentação de veículos e pedestres. A matéria alertava para os riscos de acidentes, transtornos com lixo espalhado pela calçada, possíveis ataques aos moradores, além de fezes e urina dos cavalos espalhados por ruas e calçadas. 

O agravante da situação está na falta de estrutura da Prefeitura para executar as medidas previstas em lei. Não há local apropriado para abrigar os animais apreendidos, tampouco equipe suficiente para realizar a fiscalização de forma contínua. Isso levanta um questionamento importante: será que mais uma vez a Promotoria Pública terá que intervir para que a lei seja cumprida?

Enquanto o impasse continua, os moradores seguem expostos ao risco e à sujeira, e os animais, muitas vezes desnutridos e desorientados, vagam pelas ruas em busca de alimento.