Polícia investiga latrocínio, homicídio ou suicídio no caso do desaparecimento de Robison Lino

Representante comercial de Matão está desaparecido há uma semana; carro foi encontrado abandonado próximo ao rio Mogi Guaçu, em Barrinha.

Já se passou uma semana desde o desaparecimento de Robison Lino, de 33 anos, representante comercial e morador de Matão. A angústia da família e o mistério em torno do caso mobilizam não apenas amigos, mas também moradores da cidade de Barrinha e autoridades policiais. O carro de Robison foi encontrado abandonado às margens da rodovia Carlos Tonani, próximo ao rio Mogi Guaçu, no município vizinho.

Na madrugada do dia 29 de maio, após uma reunião de trabalho em Ribeirão Preto, Robison teria deixado sua chefe em um hotel e retornava para Matão quando, por volta da 1h30, seu carro fundiu o motor e ficou parado no acostamento da rodovia. Câmeras de segurança da concessionária que administra o trecho registraram a presença de uma pessoa próxima ao veículo, mas ainda não foi possível identificar se se tratava de Robison ou de outra pessoa.

A Polícia Civil de Barrinha, sob a liderança do delegado Dr. Igor Dorsa, trabalha com três principais linhas de investigação: latrocínio (roubo seguido de morte), homicídio ou suicídio.

"Uma das hipóteses é de um latrocínio frustrado, em que não houve a subtração de bens, mas resultou no desaparecimento. Também consideramos a possibilidade de homicídio, e ainda uma terceira, de suicídio, já que o carro foi encontrado próximo a um rio", afirmou o delegado em entrevista.

O carro de Robison já foi devolvido à família, mas passará por perícia para verificar, entre outras coisas, a presença de sangue ou outros vestígios que possam indicar o que ocorreu.

Durante o final de semana, familiares e moradores de Barrinha se mobilizaram em buscas nas proximidades de onde o veículo foi encontrado. Uma área verde extensa e de difícil acesso, muito frequentada por pescadores, foi vasculhada por voluntários. Um dos participantes das buscas, o senhor Eliezer, localizou dois objetos importantes: o celular corporativo de Robison e um cartão bancário. Ambos foram entregues à Polícia Civil e podem auxiliar na investigação.

“Deus deu a luz”, disse Eliezer, ao relatar o momento em que encontrou os pertences no mato, próximo à valeta onde o grupo fazia buscas sem iluminação adequada.

O irmão de Robison, Rafael, também acompanha de perto o caso e relatou à imprensa o grande número de informações desencontradas recebidas desde o desaparecimento. “Muitas ligações com informações falsas atrapalham, mas algumas são encaminhadas à Polícia Civil e podem fazer diferença”, comentou.

Rafael também destacou a incerteza sobre quem estava dirigindo o carro no momento em que ele quebrou. A dúvida surgiu após análise das imagens da câmera de segurança, que mostram rapidamente um vulto escuro próximo ao veículo. A câmera, no entanto, não é fixa e perdeu o foco do carro segundos depois. Quando voltou a filmar o local, a pessoa já não estava mais lá.

A comunidade segue mobilizada, enquanto a Polícia Civil aguarda o resultado da perícia no veículo e analisa imagens de câmeras de segurança para traçar com mais precisão os últimos passos de Robison Lino.

Informações que possam contribuir com a investigação podem ser repassadas de forma anônima pelo Disque Denúncia 181 ou pelo telefone 190 da Polícia Militar.

A equipe do Fala Matão segue acompanhando o caso e atualiza a população assim que houver novos desdobramentos.