Entre o mau cheiro e lodo, surge um grito de socorro por soluções ambientais, segurança e dignidade aos frequentadores; o principal espaço verde urbano de Matão clama por ação imediata da Prefeitura.
O Parque Ecológico de Matão, importante espaço de lazer, convivência e contato com a natureza, está vivendo um processo silencioso e triste de abandono em seu lago, hoje coberto por lodo, exalando mau cheiro e com sinais de possível morte ambiental.
O lago do Parque Ecológico sofre com a estagnação da água, proliferação de algas, acúmulo de matéria orgânica e a ausência de oxigênio, que já provoca a morte de peixes. As nascentes que alimentavam o lago secaram, provavelmente por falta de manutenção, o que interrompeu o ciclo natural de renovação da água.
Esse processo de degradação, conhecido como eutrofização, é consequência direta da falta de ações ambientais efetivas por parte da prefeitura, responsável pela manutenção do local.
Veja o vídeo com o repórter Alex Gasoni:
Além do lago, os banheiros públicos estão em condições precárias, sem higiene e com estrutura que constrange quem precisa utilizá-los. Também falta segurança: não há um posto fixo da Guarda Civil Municipal no parque, o que deixa o espaço vulnerável.
Vale lembrar que os próprios agentes da GCM vêm enfrentando desvalorização, com escassez de efetivo, falta de viaturas e condições de trabalho longe do ideal.
Apesar disso, nem tudo é negativo: a limpeza geral do parque melhorou visivelmente, graças à atuação dos funcionários que seguem cuidando do que está ao alcance.
Mas o alerta é claro: o lago está morrendo, e isso é inaceitável.
O que precisa ser feito com urgência:
• Diagnóstico ambiental técnico, com atuação de biólogos, geólogos e engenheiros ambientais;
• Mapeamento das nascentes secas e identificação das causas da perda de recarga hídrica. Caso as minas não retornem, é necessário avaliar alternativas como: uso de água pluvial tratada, interligação com outra fonte hídrica (desde que haja viabilidade ambiental) e criação de um sistema de circulação contínua da água;
• Avaliação da qualidade da água, incluindo níveis de oxigênio dissolvido, presença de poluentes e a necessidade de dragagem do lodo;
• Implantação de aeração artificial, por meio de oxigenadores flutuantes ou bombas de recirculação;
• Remoção mecânica do lodo, com dragagem controlada;
• Retirada dos peixes, se necessário, com soltura posterior em condições adequadas;
• Desassoreamento das nascentes;
• Reforma imediata dos banheiros públicos, com substituição de bacias sanitárias, portas, pisos, torneiras e mictórios. Atualmente, existe uma pequena ampliação prevista para cadeirantes, mas a obra encontra-se paralisada.
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