Cidade está entre os municípios atingidos pela Operação Pythia, que combate o tráfico e a lavagem de dinheiro.
Na manhã desta quarta-feira (30), Matão foi um dos alvos da Operação Pythia, deflagrada pela Polícia Federal para desmantelar uma organização criminosa envolvida no tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. A ação contou com o apoio de agentes do BAEP (Batalhão de Ações Especiais) de Campinas e da Polícia Militar do Paraná.
Com mandados cumpridos também em outras cidades do interior paulista, como Taiúva, Campinas e São Paulo, e no estado do Paraná, a operação prendeu 10 pessoas preventivamente, outras três foram autuadas em flagrante e quatro continuam foragidas. Um dos fugitivos foi capturado posteriormente em Curitiba.
A operação teve início após mais de um ano de investigação, que revelou uma estrutura criminosa complexa, com atuação em vários estados e forte presença no fornecimento de drogas e armamentos de uso restrito, especialmente para os estados de São Paulo e Minas Gerais.
Segundo a Polícia Federal, a quadrilha operava com “aparência empresarial”, utilizando empresas de fachada, laranjas e investimentos imobiliários para lavar o dinheiro proveniente do tráfico. O nome da operação, Pythia, faz referência à sacerdotisa do Oráculo de Delfos, símbolo da inteligência e antecipação, estratégia usada pela PF para interceptar a quadrilha antes de novos avanços.
Durante a operação, foram apreendidos carros de luxo, drogas, celulares, dinheiro em espécie, joias e armas pesadas, incluindo fuzis calibre 5.56. Estima-se que mais de seis toneladas de drogas tenham sido recolhidas ao longo da investigação.
A presença da operação em cidades como Matão evidencia o alcance das organizações criminosas para além dos grandes centros urbanos e reforça a importância da integração entre forças policiais para combater o avanço do crime no interior do país.
Não foram divulgados detalhes sobre qual seria a participação dos integrantes da quadrilha em Matão.
A investigação segue sob sigilo, e a Polícia Federal já indicou que novas fases da operação podem ocorrer nos próximos meses, com o objetivo de identificar e prender os demais integrantes do grupo.
Colaboração: Flávio Fernandes / Araraquara Agora


