Operação Carbono Oculto cumpre 33 mandados em Ribeirão Preto, Pontal, Jardinópolis e Barretos, revelando esquema bilionário da facção.
A Receita Federal deflagrou nesta quinta-feira (28) a Operação Carbono Oculto, que revelou Ribeirão Preto como o principal centro financeiro do Primeiro Comando da Capital (PCC). A investigação aponta que a cidade do interior paulista se tornou estratégica para movimentar e lavar o dinheiro da facção criminosa.
Ao todo, foram 33 mandados cumpridos em quatro cidades da região: Ribeirão Preto, Pontal, Jardinópolis e Barretos. Só em Ribeirão Preto, 23 alvos foram atingidos, a maioria ligados a postos de combustíveis, financeiras e usinas de cana-de-açúcar.
Segundo a Receita, o grupo usava o setor de combustíveis para gerar receita ilícita e reinvestir em diferentes frentes, como fundos de investimento, propriedades rurais e empresas de fachada. O esquema teria resultado no controle de 1.600 caminhões, além da compra de seis fazendas avaliadas em R$ 31 milhões.
As investigações também identificaram a atuação de uma fintech criada para “maquiar” a origem do dinheiro, facilitando a ocultação dos valores ligados ao crime organizado.
Entre os alvos da operação estão usinas conhecidas na região. As empresas citadas negam envolvimento direto com os crimes e afirmam colaborar com as autoridades.
A operação não se limitou ao interior. Ao todo, 37 cidades paulistas, incluindo a capital, Campinas, Piracicaba, Bauru, Sorocaba e São José do Rio Preto, foram alvos de buscas.
De acordo com a Receita, a estrutura financeira identificada em Ribeirão Preto é considerada peça-chave no funcionamento da facção, confirmando o papel da cidade como base para os negócios ilegais do PCC.
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