Passarela da Vergonha: Espancamento expõe abandono e rotina de violência e medo em Matão

Local usado por famílias, idosos e crianças para chegar ao posto de saúde vira cenário de brigas, consumo de drogas e omissão do poder público.

Confira os detalhes nas imagens exclusivas do Portal Fala Matão e entenda!

No final da tarde de sábado (5) um usuário de crack foi brutalmente espancado após agredir uma mulher, também usuária de crack, na passarela da linha férrea que liga o Jardim do Bosque ao Jardim Balista. As agressões começaram sobre a passarela e continuaram pela Avenida Domingos Masselani, até que vizinhos e este repórter intervieram para evitar um possível homicídio.

A região, tomada por usuários de drogas, vive sob um clima de medo e abandono por parte do poder público. Brigas no local e nas ruas vizinhas são frequentes, intensificando a sensação de insegurança entre os moradores.

A passarela é amplamente utilizada por moradores para atravessarem de um bairro ao outro, sendo caminho diário de idosos, crianças e famílias inteiras, inclusive para se deslocarem até o Posto de Saúde do Residencial Cadioli. O local já foi tema de diversas matérias no Portal Fala Matão, justamente por representar um ponto crítico de insegurança e abandono.

Importante destacar que as agressões não foram motivadas por um roubo contra uma idosa, como alegado pelo autor do espancamento para este repórter. A versão divulgada no momento não se confirmou posteriormente.

O poder público precisa intervir imediatamente nesta situação vergonhosa para Matão, pois trata-se de segurança pública, saúde pública e vulnerabilidade social. 

Situação semelhante também ocorre na passarela da linha férrea no Jardim Alvorada e na linha férrea atrás do Tenda Atacado.

Para refletir:

Essa mesma situação seria aceita pela Prefeitura e demais órgãos públicos competentes nos bairros Nova Matão, Benassi, Centro ou em áreas próximas a residências como Guaporé e Vila Romana, entre outros? O poder deve ser exercido com o mesmo comprometimento e rigor já aplicado nesses locais. Não há nada de errado com os direitos conquistados por esses bairros, o problema está no descaso com o outro lado da cidade.